Você sabe qual é a diferença entre um detetive e um investigador? Apesar de não haver consenso entre os próprios profissionais, detetive e investigador são palavras sinônimas. Uma é mais usada do que a outra, talvez, mas não dependem de distinções para serem usadas.

A grande diferença – é muito importante salientar – é se esses profissionais servem ao Estado ou se atuam no setor privado. Os detetives que servem ao Estado fazem parte da Polícia Civil. Ou seja, esses profissionais são os investigadores de polícia – ou detetives de polícia.

Eles fazem parte da equipe de profissionais que pode decidir sobre a prisão de uma pessoa, por exemplo. Já o detetive ou investigador que atua na área privada, não pode. Esses são os investigadores particulares.

O que pode e o que não pode

Interceptações telefônicas, quebras de sigilos, buscas e apreensões, conduções coercitivas, intimações, entre outros, só podem ser feitos pelo profissional público, que fazem parte – ou deveriam fazer, pelo menos – de uma inteligência de segurança pública. Todavia, o investigador particular pode auxiliar, desde que autorizado, em todos esses processos.

O investigador ou detetive, de forma geral, tem a função de coletar o maior número de dados e informações para constatar as suspeitas do cliente, sejam elas quais forem, desde a suspeita de infidelidade conjugal à de fraude empresarial.

Nesse processo de apuração, vale quase tudo: seguir, fotografar, gravar áudio, interceptar correspondências… Tudo, claro, com a devida orientação jurídica e suas autorizações. De nada adiantaria reunir provas se elas não puderem ser anexadas em um processo. Afinal, os suspeitos também têm direitos que devem ser preservados.

Por isso que no caso da investigação particular é extremamente importante que o cliente contrate um profissional sério, experiente, que sabe até onde pode ir. O cliente, obviamente, deseja resultados rápidos, porque está passando por um momento angustiante. Ninguém procura um investigador particular para realizar sonhos – ainda que eventualmente surjam casos que fogem à regra. E a regra é sempre algo triste ou altamente preocupante.

Logo, a última coisa que o cliente vai desejar é ver que aquele que contratou cometeu atos ilícitos em seu nome, durante a investigação, o que o levará a responder judicialmente por isso. Ambos.

Outras diferenças entre investigador público e o detetive particular

Outra grande diferença também – tanto para o profissional quanto para o cliente – é o dinheiro investido no caso. O detetive ou investigador particular pode precificar seus serviços como bem desejar, ficando aos critérios do cliente pagar ou não. Já os que servem ao Estado possuem remuneração fixa. Não é incomum que um profissional ligado à polícia sirva no setor privado também.

Evidentemente, os profissionais ligados ao Estado são obrigados a atender ao público, tanto pessoalmente como por telefone nos plantões, dentro de suas horas trabalhadas. Suas tarefas são muitas, mas as mais corriqueiras são: registrar boletins de ocorrência, pesquisar antecedentes criminais e emplacamentos de veículos, sair em busca de provas de crimes. É claro que o trabalho pode ir muito além e envolver camadas muito, mas mais profundas de um caso.

Uma vez que qualquer um pode investigar casos – embora não possa incriminar ninguém – por que existe a profissão de investigador ou detetive?

Esse ponto é bastante interessante. Se analisarmos bem, ainda mais em tempos de redes sociais, que literalmente despejam informações que em outros tempos demorariam a ser coletadas, todos nós investigamos pessoas ou fatos através de buscas, e transformamos essa investigação diária em verbo: “estalquear”, do inglês “stalk”.

A imprensa também desempenha essa tarefa muito bem. Jornalistas são investigadores, de alguma forma, principalmente quando lidam com pautas políticas ou demais assuntos sérios, de interesse público. O compromisso do jornalista não deixa de ser com o bem comum – embora, claro, haja casos e casos.

O que é diferente é o limite. Jornalista pode ir até determinado ponto. O cidadão comum tem limite ainda mais restrito.

Comumente, um investigador particular é contratado apenas para constatar a culpa de alguém. Contudo, ele também pode trabalhar para encontrar provas que demonstrem a inocência do cliente, vítima injusta de algo. As possibilidades são muitas mesmo.

O mais importante, enfim, não é a nomenclatura, se detetive ou investigador, mas a experiência desse profissional que executará o caso com seriedade, rapidez e, principalmente, discrição.

Se você está à procura desse profissional, conte verdadeiramente conosco.

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